Fugidia.
À tardinha, à noite ou de dia,
A poesia quer soltar-se, quer rua
E me acua, não perde a mania
Esta cria de querer ver-se nua.
Segue crua no passo e debute
E eu labute a descrever sua mania
Quer galhardia sem que nada ampute
E me embute do que eu jamais queria.
Utopia querer ganhar mundo!
Não me inundo. Isso passou do meu sonho...
Componho só pra mim; desde quando
Das rédeas da poesia eu apanho?
Nada ganho se a poesia quer ser solta,
Corta! Se perder-se na rua, não tem volta.
Josérobertodecastropalácio