Memórias
Memórias
Doces memórias no tempo perdidas
Muitas feridas rompendo o presente
Entes queridos há muito ausentes
Bem espalhados na estrada da vida
Quando às memórias o homem olvida
Morre aos poucos, some lentamente,
Deixa fenecer no peito a semente
E à borracha do tempo comvida.
O que esquece e o esquecido
São duas faces da mesma moeda
O seu valor se desfaz, é perdido
Caem castelos na mais triste queda
Fecham-se os olhos, cerram-se os ouvidos
E vem a morte que à todos deserda.