Soneto errado de amor certo

Sei que num sei escrever direito

Muito menos usar as palavra correta

Sei que num sô bunito e num sô perfeito

E muito menos tenho corpo de atleta

Mas tem algo dentro de meu peito

Que é uma flecha cravada, quieta

É um algo fincado, certo e sem defeito

Que é o que ti sinto e ninguém me veta

Meu portuguêis é marginal

É mendigo de praça sob o jornal

Nas sombras líricas do matinal

Mesmo usando um vocábulo banal

Com uns versos cara-de-pau

O amor que ti tenho é desigual

Vavá Borges
Enviado por Vavá Borges em 11/06/2007
Código do texto: T522682