Soneto errado de amor certo
Sei que num sei escrever direito
Muito menos usar as palavra correta
Sei que num sô bunito e num sô perfeito
E muito menos tenho corpo de atleta
Mas tem algo dentro de meu peito
Que é uma flecha cravada, quieta
É um algo fincado, certo e sem defeito
Que é o que ti sinto e ninguém me veta
Meu portuguêis é marginal
É mendigo de praça sob o jornal
Nas sombras líricas do matinal
Mesmo usando um vocábulo banal
Com uns versos cara-de-pau
O amor que ti tenho é desigual