O DESPONTAR DO DIA
Os primeiros albores da madrugada
já eram visíveis no céu, num colorido
plúmbeo, entremeado da avermelhada
claridade advinda do sol, recém-surgido...
Raios espargiam, a se infiltrar na relva fria
ainda molhada pela neblina do anoitecer
e uma brisa gelada, sorrateira, se sentia,
dando tom nostálgico àquele alvorecer...
Era mais um dia despontando glorioso
- o abrir da pálpebra da mãe natureza -
plenando única, num mundo tão ditoso!
" Felizes nós que cá estamos a admirá-la,
embora nem todos vejam nessa beleza
o primor do respeito, de poder amá-la!"