Alegria Entristecida
Alegria Entristecida
(Soneto)
Chovem retinas sobre a efígie minha!
Trovoadas de dúvida constantes,
Vindas de olhos e bocas alvejantes,
Enquanto uma resposta se cozinha.
Em sinergia infamam-me semblantes,
Como pétreas estátuas sem moinha!
À espera que se parta a minha linha,
Para nascer a vaia em sons urrantes.
Hesito… e num disparo forte acerto!
Vendo a altivez gigante, engrandecida,
Num chão só de pedaços seus coberto.
Uma resposta errante, distorcida,
Esperava o magote unido e aberto!
Mas ficou de alegria entristecida.
André Rodrigues 28/4/2015