TANGIDO PELA POESIA

Quando a poesia vem tanger minh’alma

Uma loucura boa me alucina

Meu pensamento chega a bater palma

E o devaneio logo me fascina.

Feito cavalo que balança a crina

Em cada instante do seu corcoveio

Eu vou seguindo o rumo, sem esquina

Sem paradeiro, sem mourão, nem freio.

Sigo a toada cumprindo o percurso

Obedecendo apenas meu instinto

Como um riacho que transborda em curso.

Dessa maneira louca eu sempre pinto

O que o poema põe no seu transcurso

E o que decerto canto, sonho e sinto!