O meneio de teus quadris


Ah, esse jeito todo teu de menear os quadris,
Quando danças ou até mesmo quando andas,
Nua, em direção ao leito, quando na varanda,
Convidando-me a compartilhar de teus quartis.


E vejo-te a caminhar displicente e dengosa,
No alternar de nádegas subintes e descentes,
Cuja pureza chega mesmo a ser indecente,
Assim como a beleza de um botão de rosa.

Devo confessar-te, talvez por ser marinheiro,
Que as sinto como se fosse o balanço do mar,
Que me acolhe ao divagar pelo mundo inteiro,

E me confio neste balouçar suave e sem receio,
Quando te amo, quando fazes do ato de amar
Vertiginosa viagem, ao abrigado em teus seios.



* * * * * 
 
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Um sonho que foi sonhado
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Voo d´Alma
 
LHMignone
Enviado por LHMignone em 26/04/2015
Reeditado em 01/01/2017
Código do texto: T5220816
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