GRUPIARA
GRUPIARA
O rio desce cheio rolando seixos
Em águas tão turvas de cachoeira.
Acima do lajedo uma outra leira
É juntada feito obra de desleixos.
Ranchos a levantar barreando feixos
Onde o ouro de aluvião jaz quase à beira.
E a lavra é amontoar a cascalheira
De pedra sobre pedra entre apetrechos.
Fôssemos bamburrar ou não, eu fui!
Quando no meio do mato houve garimpo:
Às catas, lama suja em ouro limpo.
Justo o mais miserável, mais possui...
Eram montes de pedra logo ali,
Cuja extrema riqueza então vivi.
Bonfim - 21 04 2015