Pseudo-Suicída
Pseudo-Suicída
Estou sobrelotado de desdita!
Será que ninguém vê ou me acredita?
Despertei para ser a mão vazia,
Aquela que sustém a aragem fria.
Mais sorte tem o sujo parasita,
Quando suga o que tanto necessita;
Do que eu a rastejar sem alegria,
Calcado pelos homens em folia!
Queria tanto ser maior! Valente!
Não prestar mais à carne vassalagem,
Consumar estes ímpetos da mente.
Paralisar queria a minha imagem,
Não ser mais intelecto dissidente.
Queria sim! Mas falta-me a coragem.
André Rodrigues 21/4/2015