O passarinho
Chora em prisão sem sentimento e amor
Ao dono vil, em sofrimento puro.
Perde a canção, e o coração impuro
Vai se tornando, com tormento e dor.
Cheio de sangue, ferimento e ardor
Ele respira fracamente, eu juro!
Vejo-o num leito de hospital: O muro,
Em cujos pés chora também uma flor
Mas eu lhe trago um bem maior carinho.
Esquece, amigo, da maldade extrema.
Nos visitamos em algum caminho.
Limpa essas lágrimas, bichinho amado.
Vem gorjear com alegria o lema
De estar liberto e ter o vento ao lado.
Lucas Munhoz
23/04/2015