SEM SENTIDO!

 

Fenece em ti a chama deste amor,

Assim como se exime a luz do dia,

E, triste, então me vejo num langor,

Andando a esmo, só, à revelia...

 

Meus olhos vão distantes, lacrimados,

Saudosos, infelizes, com amargura;

Inertes, jazem imersos no passado,

Lembrando o nosso amor, vivo em ternura...

 

Mas, tudo já passou tudo morreu;

O amor que havia em ti já se perdeu

E o mundo à minha volta é sem sentido...

 

Nas noites a chorar profundamente,

Minh’alma adormecida e já doente,

Soluça e pede a morte em seus gemidos...

 

Arão Filho

São Luís-MA, 20 de Abril de 2015