Soneto d'alma linda

Alma linda, de onde vens, qual o teu nome?

Me assombra como ver-te me consome

Porque fazes de mim tao dependente?

Se não sabes do amor nem o que sentes.

Alma linda de finita eternidade,

Fez de mim um sofisma de saudade,

Retirante perdido aos teus pés,

Indo e vindo às rasuras das marés.

Alma linda como o sol terás mil vidas

Tens as notas dos olhos coloridas

E pedaços de céu no coração.

Como a cor do pecado que há nas flores

Os escuros derramam das tuas cores

Dando sombras de amor à solidão.