Despedida
Edir Pina de Barros
Olhar vazio, pálido sorriso
no lívido semblante esvanecido,
um gesto que estancou, ficou perdido,
no derradeiro aceno, tão conciso.
E na marmórea tez um impreciso
e róseo tom, que já não faz sentido,
no corpo enregelado, combalido,
mais frio do que pedra de granizo.
Sinais de despedida - que desgosto! -
as marcas de partida no teu rosto,
sinais do voo eterno e irreversível.
O que fazer se a alma-passarinho
um dia voa e vai fazer um ninho
na intimidade morna do invisível?
Edir Pina de Barros
Versos alados, pg. 34
Edir Pina de Barros
Olhar vazio, pálido sorriso
no lívido semblante esvanecido,
um gesto que estancou, ficou perdido,
no derradeiro aceno, tão conciso.
E na marmórea tez um impreciso
e róseo tom, que já não faz sentido,
no corpo enregelado, combalido,
mais frio do que pedra de granizo.
Sinais de despedida - que desgosto! -
as marcas de partida no teu rosto,
sinais do voo eterno e irreversível.
O que fazer se a alma-passarinho
um dia voa e vai fazer um ninho
na intimidade morna do invisível?
Edir Pina de Barros
Versos alados, pg. 34