Tudo se Repetiu!

Tudo se Repetiu!

(Soneto)

Asseverou-me ser uma garota!

Quando me escreveu cartas com desejo,

Fugiu do prometido gargarejo,

Deixou-me o olhar em infinita gota.

Madura agora disse num ensejo,

Que jamais deixar-me-ia de honra rota;

Se acontecesse a situação remota,

Que me fez escutar o horrendo harpejo.

Ah! Coração que és meu, tão inocente!

Mas porque te embriagaste na aguardente,

Que te deu a beber o subterfúgio?

Tudo se repetiu anos volvidos!

Novamente mentiu a teus ouvidos,

Nem resposta te deu do seu refúgio!

André Rodrigues 14/4/2015

Dom Poeta
Enviado por Dom Poeta em 14/04/2015
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