Dores abissais-dueto
!Dores abissais!
Essas coisas de amor que marejam, nos cegam,
Que nos amputa nos leva aos céus dos infernos,
Os sentimentos infinitos, o avesso dos invernos,
Que a vida, aos poucos às vezes, nos renegam!...
Dores abissais, ameaçadora, imensa e medonha,
Um gemido calado feito lágrima e dor que aflora,
Num sentido instante, que agora gritando chora,
Vem deixar as lágrimas nos suores das fronhas!...
Feito soro fervido, nas veias e artérias, ameaça,
Lavas e lágrimas que causam tantos fiéis danos,
Cortejo a dor feito o fúnebre funeral, que passa.
Fecho a janela d'alma na noite quente e insone,
Feito o breu das asas, que ficaram sem o dono,
Abraçado à luz de estrelas, num profundo sono.
Tony Bahi@ & Arana do Cerrado.
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨ Interação & Sintonia ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
VASTAS CONTRADIÇÕES
Nos certames do amor impera corpo e alma,
Contrastes de valores a desabonar a calma,
Se manda o coração à razão logo naufraga,
Vastas contradições nossos olhos alagam.
As vontades mais prementes podem ser reais,
Mas as custas conseqüentes perdem os anais,
E os motivos eminente doem por muito mais,
São coisa do bicho gente figura de satanás.
Na missão do transeunte nada é puro teor,
Corpo vivo pré defunto mero refém do amor,
Desejos de estar juntos, redundante em dor.
Exausto pelas demandas dum querer inviável,
Prima-se desmandos desafia-se corpo e alma,
Por fim vem a sepultura e a matéria apaga-se.
Miguel Jacó.
Grato mestre Miguel Jacó,
pela belíssima construção em versos,
boa tarde, tony.