Dores abissais-dueto

!Dores abissais!

Essas coisas de amor que marejam, nos cegam,

Que nos amputa nos leva aos céus dos infernos,

Os sentimentos infinitos, o avesso dos invernos,

Que a vida, aos poucos às vezes, nos renegam!...

Dores abissais, ameaçadora, imensa e medonha,

Um gemido calado feito lágrima e dor que aflora,

Num sentido instante, que agora gritando chora,

Vem deixar as lágrimas nos suores das fronhas!...

Feito soro fervido, nas veias e artérias, ameaça,

Lavas e lágrimas que causam tantos fiéis danos,

Cortejo a dor feito o fúnebre funeral, que passa.

Fecho a janela d'alma na noite quente e insone,

Feito o breu das asas, que ficaram sem o dono,

Abraçado à luz de estrelas, num profundo sono.

Tony Bahi@ & Arana do Cerrado.

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨ Interação & Sintonia ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

VASTAS CONTRADIÇÕES

Nos certames do amor impera corpo e alma,

Contrastes de valores a desabonar a calma,

Se manda o coração à razão logo naufraga,

Vastas contradições nossos olhos alagam.

As vontades mais prementes podem ser reais,

Mas as custas conseqüentes perdem os anais,

E os motivos eminente doem por muito mais,

São coisa do bicho gente figura de satanás.

Na missão do transeunte nada é puro teor,

Corpo vivo pré defunto mero refém do amor,

Desejos de estar juntos, redundante em dor.

Exausto pelas demandas dum querer inviável,

Prima-se desmandos desafia-se corpo e alma,

Por fim vem a sepultura e a matéria apaga-se.

Miguel Jacó.

Grato mestre Miguel Jacó,

pela belíssima construção em versos,

boa tarde, tony.

Tony Bahia e Arana do Cerrado
Enviado por Tony Bahia em 14/04/2015
Reeditado em 14/04/2015
Código do texto: T5206455
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