Poça de sangue
!Poça de sangue!
Dias como quem parte para nunca mais voltar,
Feito navios, despedindo-se dos cais no porto,
Meus olhos marejados, cegaram o meu corpo,
E se perderam na escura profundeza do mar...
Feito quem tem sonhos e sombrios pesadelos,
E como se eu exumasse, o meu próprio corpo,
Jazem em meu olhar velado apenas um sopro,
E as mãos amputadas pelos saudosos desejos.
Não faço drama no mais profundo dos abismos,
Quando me lancei, quando me deixas-te, amor!
Enterrei sentimentos-vivos, na enlameada dor...
Fui a todos céus e infernos e da vida quero cor.
Como se eu mergulhasse num eterno mangue,
E minh'alma congelada numa poça de sangue.
Tony Bahi@.