Acorda!
Acorda, vê as manhãs e ensaia algum sorriso,
deixa cair as mãos sobre o colo e me embala, amor.
Olha à janela as manhãs, seu orvalho de calor,
aliterações que são bem vindas cá em nosso paraíso.
Acorda, vê os meninos prenunciando tanta brincadeira e sol,
e relembra os fatos, as fotos, o que escondemos,
relembra do beijo e da tamanha inocência com que gememos,
relembra também que nossa redundância nos tornou tão sós.
Outras estradas nos deixaram tão distantes,
algum pó nos embaçou o amor pueril,
alguma estória nos tornou bem mais amantes.
Mas amantes de prazer e gritos, somente,
meio que perdidos em aparência e liturgia,
mas amantes, mas errantes... mais doentes.