Madrugada Demorada.
Não vi a hora passar
e já é longamente madrugada.
Na luminária recordo a imagem
daquele que bem entrou na minha noite.
Tenho tudo em minhas mãos
papeis, canetas, jornais.
Esperei olhar em mim e reconhecer
nada vi a não ser meus pais.
Afinal de quem eu me olho para trás?
Sou tua ou não tanto faz.
Enobreço seus braços e esqueço meus traços.
Vivifico onde moro e em tu demoro
meu olhar de desprezo é comigo mesmo.
não entendo porque o escárnio marasmo.