Dádiva!!!
Olhando as gotas d’água deste orvalho,
Descerem nos pecíolos destas folhas,
Em cenas tão singelas pelos galhos,
Tão ledas, leves, puras, lindas bolhas,
Pergunto-me se alguém também percebe
A dádiva de ver tanta beleza;
De ter a gratidão ao que recebe
Do alto, do esplendor da natureza...
Distraio-me na Luz que corta o espaço,
Qual lápis que copia em seu compasso,
A vida ao meu redor, a vida plena...
Distraio-me sorrindo e nada faço,
Ao ver bem de mansinho no meu braço,
Pousar tão lindamente uma falena!
Arão Filho
São Luís-MA, 07/04/2015.