O Triunfo da Aparência!
O Triunfo da Aparência!
(Soneto)
Posso avistar-te as dores a ferir,
Ouvir a tua voz em sofrimento!
Não mais mitigarei o teu tormento,
Aquele que te fez e faz carpir!
De que vale ao bondoso ser atento,
Consolar a aflição que está a existir?
Se um dia amargamente o vão punir,
Como se fosse um verme, um réu nojento?
Que bem deve saber ser criminoso,
Despojador de paz e de inocência,
Ser alegre, culpado, vitorioso!
Enquanto se olha o homem da decência,
A ser executado em grande gozo,
Porque a verdade optou pela aparência!
André Rodrigues 6/4/2015