SOLTANDO O VERBO
Passo e repasso meus dias e vejo,
Solto no espaço meu verbo ficar,
Pouco consigo do que tanto almejo,
Não tem bonança pras bandas de cá.
Faço do verbo um citar de desejos,
Porém não sinto meu verbo ecoar;
Vejo que o verbo que tanto tracejo,
difere dos sons das bandas de cá.
Prego aos meus pares o verbo do bem,
Busco verdades no mundo plantar,
Embora, de alguns, só colha desdém.
Porém meu verbo nunca vou mudar,
Meu ser a estipe dos fortes detém,
Morro guerreiro nas bandas de cá.
Humberto M. Feitosa.