ENAMORADOS


Não há como esquecer, mas sempre a lembrar,
Como havia tanta magia de emoções
Que nunca antes se ousou experimentar,
E não se cria num tempo em corrosões.

Tudo vinha entre nuvens de neblina,
Com o fim de minuir nossa voltagem,
O nosso toque da epiderme fina,
Fazia-nos tremer, e imprópria era a imagem.

Falávamos bem perto ao ouvido um do outro,
E olho no olho para ver o interior
Guardado além-retina, tal o sopro

Que o criou. E o chiado do portão, era a dor
Desse horário, nossa honra em peso bruto...
Grita o espaço, e abafa a boca e o amor...


José Carlos De Gonzalez
Enviado por José Carlos De Gonzalez em 09/06/2007
Código do texto: T519478
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