Reflexões
Edir Pina de Barros

Por que será que o tempo não tem pena
de nada e de ninguém? Consome tudo,
intrépido, insensível, tão sanhudo,
voraz, bem mais voraz do que uma hiena.
 
E não perdoa nada. É duro, rudo...
A tudo e a todos, sempre, ele condena
à finitude. Nunca sai de cena
e, sem cessar, caminha firme e mudo.
 
Por que será? Senhor da vida e morte,
diverso em sua essência, sua sorte,
por tudo passa e vive em cada mito...
 
Oh! Tempo! Tempo! Impávido e faminto,
primeiro nos dá mel, depois absinto,
a executar o mesmo e infindo rito.
 
Brasília, 03  de Abril de 2015.

Versos alados, pg. 21
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 03/04/2015
Reeditado em 10/08/2020
Código do texto: T5193934
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