Sublimação
Desatam-se os nós dos singelos vestidos
E forma-se o quadro com mãos tão pequenas
Subindo e descendo pintando as arenas
Dos corpos em transe das almas despidos
Transpiram as ânsias de ledices plenas
Pairando nos ares ecoam libidos
Os corpos se elevam além dos sentidos
Em fluidos feitos de vozes obscenas
Arfantes os urros de vontades santas
Liberam desejos sutis das gargantas
O aríete morno penetra profundo
Rompendo as portas de um covil no céu
E o quadro pintado a um duro pincel
Liberta a um tempo os gozos do mundo