À Procura de Um Ombro Amigo
Sou a chuva que intermitente
bate ritmada no zinco do telhado
em forma de acalanto suave e dolente
solfejos carinhosos ao meu ser amado.
Chuvas são lágrimas de nuvens a chorar
no abandono do espaço pela imensidão
assim como as nuvens, vivo a vida a vagar
transbordante de lágrimas o coração.
Procuro um ombro que seja de fato amigo
aconchegante que me sirva de um abrigo
e me abasteça de muito amor e carinho.
Ajude-me a desviar dos males da vida
hoje mais do que nunca no final da vida
alguém que me livre dos possíveis espinhos.
Fim