_____ Portais impávidos _____
Embora eu ouça a voz no pensamento esquálido,
Tão mórbida e tão cruel — plena de dissabores...
De afetos invertidos à imensidão de horrores,
Nas flores negras mil... Desses portais impávidos!
Jamais engendrarei aqueles versos pálidos,
Que outrora imaginei, nu’a mor caverna escura,
Por ter desvencilhado a sombra e a desventura...
Em meus cantos de amor indubitáveis, cálidos!
E posso assim bradar: que a adoro loucamente!...
Como jamais amei uma Musa no Universo...
Nem mesmo a deslumbrar outra princesa ardente!
Desejo que noss’alma engendre outro extroverso...
Que o Diabo se inspirou — na angústia, em nossa mente...
Que Deus num Empíreo exorte — importe os mores versos!
Pacco