MEUS VERSOS
De que valem os versos que componho
Se a quimera não os conduz ao sebo?
Solitário e sedento eu sempre os bebo
Saciando uma ânsia, assim suponho.
Aos meus versos castigo eu sempre imponho
Limitando as andanças noutras vozes
Mas com essa rudeza, sim, deponho
Os tormentos, diversas psicoses.
Os meus versos germinam para a vida
Adquirem a cor recém nascida
Promovendo a germinação completa.
Publicá-los, talvez, meu grande sonho
Se não fossem os versos que componho
Haveria a verdade do poeta?
Alderi Jr