A FONTE
Não há dom que se mostre inesgotável
Frente à marcha dos anos dos poetas
De limites as obras são completas
Eis que o tempo não é inalcançável.
Se um verso arrebenta confiável
Encantando mortais e criador
Não é prova que sempre irei compor
Com a pena e a tinta inesgotável.
Não há musa que viva plenamente
Irrigando e nutrindo a mesma mente
Pois se assim o fizer, a musa peca.
É preciso que tenha a liberdade
De aguçar outros dons por vaidade.
Comprovando aos mortais que a fonte seca.
23/02/15