O milagre
A voz brônzea do sino badalava
Três horas da tarde manifesta
Anunciando as bodas, uma festa,
Um casamento enfim, anunciava;
Em seu quarto ao ouvir que declarava
Uma donzela assim a hora funesta
Soluçando pensou – nada me resta,
Desta vida que só me fez escrava;
E pedindo aos céus perdão, clemência,
Ainda no frescor da adolescência
Destampou o veneno logo então;
Mas o frasco no chão fez-se em pedaços
Quando por milagre ao erguer os braços
E de joelhos, pedir perdão, perdão...!
A voz brônzea do sino badalava
Três horas da tarde manifesta
Anunciando as bodas, uma festa,
Um casamento enfim, anunciava;
Em seu quarto ao ouvir que declarava
Uma donzela assim a hora funesta
Soluçando pensou – nada me resta,
Desta vida que só me fez escrava;
E pedindo aos céus perdão, clemência,
Ainda no frescor da adolescência
Destampou o veneno logo então;
Mas o frasco no chão fez-se em pedaços
Quando por milagre ao erguer os braços
E de joelhos, pedir perdão, perdão...!