CÃIBRAS

CÃIBRAS

De repente estirou a sua perna

E era todo o corpo indo para o fundo...

Desceu, debaixo d'água, até um mundo

Oculto em solidão silente e eterna.

Por minutos, alheio a voz externa,

Não ouvia outro som senão o oriundo

De dentro de seu ser, onde o eu profundo

Com todos os seus vários eus se alterna.

Malgrado doesse forte e se afogasse,

Sentia ele uma ausência inexplicável

Ante a urgência que logo se salvasse.

Pois, era aquela paz inabalável

Capaz de contrapor toda sandice

Que experiencia ao vir à superfície.

Betim - 23 11 2014