A RAZÃO

Oh, meu Deus, quanto quero dizer-Te, obrigado

Quanto quero dizer-Te que sou tão feliz

Se eu calo a voz, mas a minha alma diz

A razão de ter sempre um amor ao meu lado

Obrigado, Senhor!... Mas que digo eu?...

Se o amor que me destes tão logo retiras de mim?

Por certo não Vês que isso acarreta o meu fim?

Que a alvorada da alma cobriu-se do mais negro breu?!...

Eu não quero, meu Pai, ter razão para Te odiar

Pois Tu és quem eu sou e me ensinou a amar

Mas Tu não me ensinou o dom de esquecer

Eu não quero a razão de negar-Te no espelho

De não mais confessar-me a Ti de joelho

Mas por que Tu levaste de mim a razão de viver?