Divagando
É um cristal quebrado, gelo inerte
Cálido sorriso, tudo e nada
É um querer voltar, luz já cansada
Fio de sangue rubro que do peito verte
Ondulações e frêmitos, convulsionado
Anômalo, sentido, sem sentir nada
Carícia vã, de velhas mãos quebradas
Sinuoso querer, de amor insinuado
É um sentir latente, dentro da alma
Sentimento, loucura sempre incontida
Uma flor, um beijo, água, vida...
Brilho restante, luz da perdida
aurora dos sonhos que então renascia
homem, mulher, amor Poesia.