No Átimo de Ser
Surge do sopro. Atávico. Noturno,
Adensa a noite sem lua. Em fragmento
Sonha os sóis, revestido de lamento:
Como Plutão isolado e taciturno.
No átimo de ser só um pensamento,
Gera a cosmogonia, em vão returno,
Brilha atômico aos anéis de saturno,
Vil qual lâminas de insano tormento.
Renasce aos hinos dos Devas presentes.
Inevitável. Vaga após as mortes,
Reluzindo-se ... aos ritos mais dolentes.
Manifesta-se em mil polos adversos;
Solta-se, livre, quebram-se os suportes,
Reanima na existência os universos.
Gigio Jr (Poemas da Cidade-2015)