Soneto nº 11 - O Bom e o Ruim

Tu que lês estas mal traçadas linhas,

Coisas que escrevo se me sobra tempo,

São palavras trazidas pelo vento

Que com cuidado guardo e as faço minhas.

Lembra que, quando pouca idade tinhas,

Regalavas-te sem nenhum lamento,

Só alegrias, só divertimento,

Tempo de reis e fadas boazinhas.

Saibas que uma vida assim não persiste,

Porque o mundo tem seu lado triste

Que todos temos que compartilhar.

Não há bondade que não tenha fim,

Há de haver o bom, há de haver o ruim

Que vão a nossa vida temperar.

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"Talvez Deus tenha criado o deserto para que o homem pudesse sorrir com as tamareiras." - Paulo Coelho em O ALIENISTA.

Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 26/03/2015
Reeditado em 03/04/2015
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