Soneto nº 11 - O Bom e o Ruim
Tu que lês estas mal traçadas linhas,
Coisas que escrevo se me sobra tempo,
São palavras trazidas pelo vento
Que com cuidado guardo e as faço minhas.
Lembra que, quando pouca idade tinhas,
Regalavas-te sem nenhum lamento,
Só alegrias, só divertimento,
Tempo de reis e fadas boazinhas.
Saibas que uma vida assim não persiste,
Porque o mundo tem seu lado triste
Que todos temos que compartilhar.
Não há bondade que não tenha fim,
Há de haver o bom, há de haver o ruim
Que vão a nossa vida temperar.
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"Talvez Deus tenha criado o deserto para que o homem pudesse sorrir com as tamareiras." - Paulo Coelho em O ALIENISTA.