QUANDO AS FLORES MURCHAM

Alegria, onde estás? Não estou contigo:

Eu cá vivo a tristeza, dou-me ao pranto...

Tu sabes muito bem que, ao desencanto,

Deixaste-me aos cuidados da inimiga.

Deixaste-me nas plagas do precito,

Caí na desventura, na incerteza

Mudei o tom de voz, matei meu grito

E descansei nos braços da tristeza.

Por tantas vezes viste namorando

O meu sorriso a flor do teu jardim.

Sentia em meus olhos visitando

Uma felicidade doce em mim;

Agora tudo é murcho onde eu ando,

E já nem sei trilhar o meu caminho.

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 25/03/2015
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