QUANDO AS FLORES MURCHAM
Alegria, onde estás? Não estou contigo:
Eu cá vivo a tristeza, dou-me ao pranto...
Tu sabes muito bem que, ao desencanto,
Deixaste-me aos cuidados da inimiga.
Deixaste-me nas plagas do precito,
Caí na desventura, na incerteza
Mudei o tom de voz, matei meu grito
E descansei nos braços da tristeza.
Por tantas vezes viste namorando
O meu sorriso a flor do teu jardim.
Sentia em meus olhos visitando
Uma felicidade doce em mim;
Agora tudo é murcho onde eu ando,
E já nem sei trilhar o meu caminho.