O abismo do navegante

Oh musa do sol escaldante, onde o charque, o rio, o mar

Coexistiram ao transpirar do cearense a retirar

Qual retirante o seu sustento que tem a dar

De alimento pros seus lares avivar...

Quero ver o sol a chorar a chuva que desce do céu,

Com uma canção dos anjos em coro a chorar

Os anos que passaram e os que hão de passar,

Numa festa de amantes, o poeta, a inspirar...

Que mar não tem sereias a afogar os navegantes?

Qual nave de capitão-pirata não percorreu os mares,

Alcançando os abismos dos quatro cantos do mundo?

Como posso sentir o mundo tal qual sentia antes,

Se Cronos destrói todos os mitos e ameaça meus ares

De herói com o chapeleiro maluco e seu chá propondo?

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 24/03/2015
Código do texto: T5181657
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