DISCERNIMENTO

Eu pressinto que não está distante

o instante de minha despedida...

de finalmente encontrar a saída

e partir com um sorriso radiante.

Não, não lamentarei minha vida,

tampouco maquiarei meu semblante.

Direi que fui amado e fui amante

Que amei intensamente sem medida.

Mas, como bem sabemos tudo passa...

e ao passar aos poucos perde a graça

e lentamente cai no esquecimento.

Já cansado o corpo envelhece,

falha a memória e se esquece

e de nada mais tem discernimento.

Roberto Jun
Enviado por Roberto Jun em 24/03/2015
Código do texto: T5181570
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