A JANELA
Olhei para uma límpida janela,
Ela brilhava feito o sol robusto,
A mesma me causava mais que um susto,
Pois não via nenhuma igual aquela.
O tempo parecia todo dela,
E do seu lado tinha um tal de arbusto,
Assombração de pesadelo injusto,
Onde nele mijava uma cadela!
A chuva, de repente, aparecia
E fazia daquele belo dia,
Um dia tão deveras diferente.
Um pássaro pousava à sua beira,
E um homem que curava a bebedeira,
Perto dela, dormia calmamente.
Ângelo Augusto