SONETO AO AMIGO-IRMÃO

Quando a seu lado descerro-me por completo,

Pois tens o dom de desnudar meus segredos.

Vasculha-me e sabes de mim todos os mistérios,

Até aqueles que eu não diria nem a mim mesmo.

És o cofre blindado que contém meus tesouros,

Em quem confio verdades, mais puras que ouro.

Sempre guardadas, hoje e em tempos vindouros,

A chave é a confiança fundida em aço duradouro.

Amigo assim: tão verdadeiro, quão difícil encontrar!

Fortuita sorte, com tal preciosidade me defrontar,

Preço nenhum pagaria, com sua lisura poder contar.

Amigo-irmão, uma honra a vida contigo compartilhar!

Tenha certeza, que a minha lealdade recíproca será,

Em todos momentos, comigo também poderá contar.