Ao interesseiro
Por mais de uma vez lhe ajudei
Mas você não merece urbanidade
O interesse é a sua deidade
E por isso é que eu lhe deserdei
Sem jamais me afastar do Opus dei
Não cultivo em meu peito a maldade
Só não posso aceitar a iniquidade
Mesmo assim peço a Deus: intercedei!
Toda ingratidão tem suas manhas
Aos poucos descobri suas patranhas
Não faço mas seu jogo espertinho!
De mim não terá mais facilidade
E mesmo em grande necessidade
Decidi que vou lhe deixar sozinho.
Russas, 23 de março de 2015