O QUE SERÁ DE NÓS SEM A ÁGUA?
Ao nascer na fonte, cristalina
Numa estreita faixa tão remota
Faz-se humilde em tudo que suporta
Pra suster o mar, o rio e a mina...
Seu amor jamais, ferido, esgota
Podem lhe tentar, fazer rapina
E roubando assim a pura sina...
Não se mata! Dia ela rebrota...
Ó matéria antiga, desta vida
Hoje está no leito tão doente
Aguardando cura... A inocente...
E nós homens, todos indecentes
Revirando as faces, despedidas
Pois, sem água... Resta o suicida...!
Autor: André Pinheiro
21/03/2015