Vejo-me perdido e num olhar solene
Dos que têm esperança no futuro
Como sonâmbulo num respirar mudo
Na frieza da noite que se estende
 
E na iludida ilusão de um delirar
Sinto-me como ébrio em beco escuro
Sombras do passado qual perduro
Numa mente  cansada do vagar
 
Sons tristes aqui e acolá frementes
Noite andarilha segue inconsequente
Trilha com astros um incerto destino
 
E tal como o dia se passando a toa
Vão enchendo meus sonhos na canoa
Do rio da vida sobre o qual eu sigo.

 
Alma Gort
Enviado por Alma Gort em 20/03/2015
Reeditado em 20/03/2015
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