Teus olhos mudos
Há dias, após tanto tempo, vi de novo teus olhos,
Esses olhos que tanto me encantaram, de onde
Suguei cada lágrima de amor e que ora se esconde,
Como se a procurar fugir de algum imbróglio.
Quando teus olhos se encontraram com os meus,
Neles, pela vez primeira, vi profunda tristeza,
Tão diferentes de quando transmitiam a certeza
De que, entre nós, jamais haveria um adeus.
Neles, já não mais consegui ver os tantos segredos
Que, em êxtase, procurava a cada um desvendar,
E os vi tristes e esmaecidos, como que em degredo,
Nem mesmo, como durante tempo, consegui lê-los,
Como teu contagiante sorriso, agora um mero esgar,
Sutilmente disfarçado, escondido por teus cabelos.
Há dias, após tanto tempo, vi de novo teus olhos,
Esses olhos que tanto me encantaram, de onde
Suguei cada lágrima de amor e que ora se esconde,
Como se a procurar fugir de algum imbróglio.
Quando teus olhos se encontraram com os meus,
Neles, pela vez primeira, vi profunda tristeza,
Tão diferentes de quando transmitiam a certeza
De que, entre nós, jamais haveria um adeus.
Neles, já não mais consegui ver os tantos segredos
Que, em êxtase, procurava a cada um desvendar,
E os vi tristes e esmaecidos, como que em degredo,
Nem mesmo, como durante tempo, consegui lê-los,
Como teu contagiante sorriso, agora um mero esgar,
Sutilmente disfarçado, escondido por teus cabelos.