Águas de Março
Hoje gostaria que chovesse muito, chovesse tanto,
Como dizem que sempre chove em todo março,
Que a chuva caísse intensa e com estardalhaço,
Que lavasse e levasse de meu rosto este pranto.
A chuva que cairia dos céus, abundante e copiosa,
Teria o dom de fazer-me agora, mais que antes,
De novo feliz, mesmo que por tão breve instante,
Momentos em que a retive nos braços, gloriosa.
Esta água que cairia dos céus, impetuosa e incontida,
Inundaria rios e regatos, transbordaria por pastos,
Retransmitindo, por onde passasse, o dom da vida,
Vida que se esvai de mim, que já não sei o que faço,
Nesta eterna dúvida se persisto em manter-me casto,
Se aguardo seu retorno ou então busco outro abraço.
Hoje gostaria que chovesse muito, chovesse tanto,
Como dizem que sempre chove em todo março,
Que a chuva caísse intensa e com estardalhaço,
Que lavasse e levasse de meu rosto este pranto.
A chuva que cairia dos céus, abundante e copiosa,
Teria o dom de fazer-me agora, mais que antes,
De novo feliz, mesmo que por tão breve instante,
Momentos em que a retive nos braços, gloriosa.
Esta água que cairia dos céus, impetuosa e incontida,
Inundaria rios e regatos, transbordaria por pastos,
Retransmitindo, por onde passasse, o dom da vida,
Vida que se esvai de mim, que já não sei o que faço,
Nesta eterna dúvida se persisto em manter-me casto,
Se aguardo seu retorno ou então busco outro abraço.