Soneto doce veneno
Envenenou-me tal doce da flora
Feito do néctar de rara flor
Natural de montanhas tão altas
Enraizadas em moradas rochosas.
Não fui resgatar, sequer procurar
Veio a mim, escolheu-me como provador
De um sabor jamais sentido
E somente aos deuses restrito.
Amar não é questão de sorte
Não é veneno nocivo à minha alma
Como o beijo da morte!
Dá-me teu doce veneno, não precisa cura
Viciante, viciado e sem medo estou
De tal doce veneno, por nome de amor!