HÁ DE MORRER EM MIM...
Que fazer do amor quando apagado
que num sopro às cinzas, reacende
e queima dentro do coração magoado
e como dor, à alma se estende...
que fazer? Se no peito ainda arde
a chama que não quer morrer... sobrevive
que machuca, dilacera, todo ser invade
chorando, num triste amor, em declive?
E eu o vejo aceso, não há como negar,
amor insano transformado em saudade,
seria melhor matá-lo - deixando de amar -
E que fosse gradativamente morrendo
como flor que murcha e seca de verdade,
ao invés de tê-lo em mim, ... só renascendo!