Enfermo

Enfermo

(Soneto)

Meu peito range, grita ao respirar!

Esta doença atípica propaga,

Encrava-me na fauce a sua adaga,

Tenta com sapiência me expugnar.

Tarda a inversão de marcha desta chaga,

Que imponente está a ser ao me esmagar,

A intrínseca vontade de lutar!

Tarda em chegar a força da triaga!

Por onde se passeia minha cura,

Estará em folguedo ou em retiro?

Terá mesmo este surto tanta altura?

Se tem, então que vença, assim prefiro!

Mais não aguento a dor desta clausura,

Que chegue então meu último suspiro!

André Rodrigues 14/3/2015

Dom Poeta
Enviado por Dom Poeta em 14/03/2015
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