Convido aos caríssimos amigos para que ouçam este soneto de Florbela Espanca recitado por mim em minha página de áudios! Cliquem no link abaixo:
http://www.recantodasletras.com.br/audios/poesias/65098
Saudades (Florbela Espanca)
Saudades! Sim... Talvez... E por que não?...
Se o sonho foi tão alto e forte,
Que pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer! Para quê?... Ah, como é vão!
Que tudo isso, amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como o pão.
Quantas vezes, amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais decididamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar,
Mais saudade andasse presa a mim!
Florbela Espanca, in "Livro de Sóror Saudade"
http://www.recantodasletras.com.br/audios/poesias/65098
Saudades (Florbela Espanca)
Saudades! Sim... Talvez... E por que não?...
Se o sonho foi tão alto e forte,
Que pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer! Para quê?... Ah, como é vão!
Que tudo isso, amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como o pão.
Quantas vezes, amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais decididamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar,
Mais saudade andasse presa a mim!
Florbela Espanca, in "Livro de Sóror Saudade"