ÂNGULO DE DEFASAGEM
Esse amor desmantelado,
Que oscila a todo instante,
É o futuro estraçalhado,
O presente é inconstante!
De contendas ao disfarce,
Tem o potentado hostil,
Que anseia em sua face,
Seu caráter é de um vil!
Mas nesse bolo de corda,
Tem alguém sempre enrolado,
Girando na mesma borda,
Preso, porém desatado!
Se na corda alguém tomba,
À sua hora foi chegada,
Pois tão logo vem à tona,
A ruína... dissimulada!