SÚPLICES

SÚPLICES

Eu não sei se pedias ou exigias

Com teu olhar a luz do meu olhar.

Só sei que me pus a te admirar,

Tão logo vi que tu assim me vias.

Eras indiferente a falas frias,

Como me suplicando algum lugar

Perto do coração para alcançar

Tudo quanto de mim desejarias.

Pois, se mais obtém quem sabe pedir,

Tu, sem nada dizer, pouco sorrir,

Co’os olhos expressavas a alma amante.

E eu?... Ainda hesito à hora de partir!

Paro, silente, para ficar diante

D’um olhar que o fascínio faz faiscante.

Belo Horizonte - 20 11 2005